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Pensamentos
» Uma noite no clube
Na mente apenas um impulso. Queria viver aquela noite como se fosse a última da minha vida.
Era algo que há muito queria experimentar, como sabes...
Confessei-te inúmeras vezes a minha saturação por coisas ditas normais! Coisas mornas que já não têm o poder de me fazer estremecer. Desejei algo diferente, que quebrasse todas as regras até então estabelecidas. Algo intenso. Alucinante. Que ficasse bem presente, em mente, durante as semanas seguintes!
É sublime esta nova visão que tenho do sexo!
Quero mais, desejo mais... ultrapassar qualquer limite, qualquer obstáculo, qualquer fantasia ainda presa num qualquer pedaço de carne faminto.
Finalmente a realização de mais uma fantasia!
A vontade era incontrolável. Excitava-me imenso. E poder partilhá-la contigo sem réstia de vergonha ou tabus era um sonho realizado.
Rumámos, perdidos pela periferia da cidade. A respiração ofegante denunciava o desejo que sentia. Estava ansiosa, louca para entrar naquele espaço bem enquadrado num pinhal, onde só a luxúria total tinha entrada directa.
Lembro-me de ficar totalmente fascinada com a decoração muito hot, as cores, os aromas... a simpatia e descontracção das pessoas.
Queria ver-te louco, excitado, enorme, concentrado naquilo que mais gostas.
Queria sentir-me tesão, observada, cobiçada por olhares alheios e vontades comuns.
Estava linda, sentia-me sensualíssima dentro daquele corpete resguardado por um mini vestido de cetim que te levou à loucura.
Acendi o meu primeiro cigarro, pedi a minha primeira vodka e entreguei-me por completo à essência de tudo o que estava a sentir.
Sem pressa ou pressão a noite foi ganhando outro sabor. A selecção musical convidava todos aqueles corpos a juntarem-se na mesma pista, onde todos falávamos a mesma linguagem.
Que sensação indiscritível!
Estava ali, bem no centro de tudo o que mais desejei.
Delirei quando me penetraste com os dedos, quando te roçaste em mim, quando sussurraste ao meu ouvido com voz arrastada "Peço-te que me acompanhes", delirei quando finalmente fui voyeur pela primeira vez.
Perdida naquele quarto escuro, preenchido por sombras entrelaçadas, gemidos misturados, o ritmo alucinante das estocadas e sorrisos cúmplices, fui-me transformando numa verdadeira fera em pleno cio.
Senti o teu membro duro, mas tão duro que de imediato o coloquei à mercê da minha boca. E chupei, e lambi, e parei, espreitei o espaço que me envolvia.
Aqueles corpos suados, a mistura de sabores, os olhares chamativos, a roupa que caiu no chão.
Pedi-te que fosses buscar um lençol e que me deitasses bem no meio daqueles casais.
Desceste sobre mim, lambuzaste-me com beijos húmidos, prolongados, moldaste todo o meu corpo com os teus dedos, os mesmos que tão bem massajavam o meu clitóris...
Lembro-me bem do momento em que abriste as minhas pernas numa urgência louca de satisfação e me penetraste em profundidade.
Lembro-me do grito que soltei, do quanto te agarrei, do enorme prazer que senti naquele momento.
Rapidamente cativámos a atenção de todos os que nos rodeavam.
Rapidamente senti outras mãos que me tocavam, vozes que me seduziam o ouvido, beijos no meu ombro... na minha boca, dedos que me apertavam os mamilos...
Hummmmm, como eram deliciosos aqueles espasmos de prazer, a luxúria rasgada por gritos que ecoavam a longa distância, os corpos em fogo, a carne misturada, outros membros na minha boca, outras mãos que te masturbavam...
A alucinante troca, a repetição, o cair no chão, a cumplicidade, o amor que saiu fortalecido.
(excerto de um momento chamado único)
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